domingo, 10 de abril de 2011

História - Francisco Fernando


Francisco Fernando da Áustria, conhecido também por Franz Ferdinand (18 de Dezembro de 1863 - Sarajevo, 28 de Junho de 1914) foi um arquiduque da Áustria-Hungria e presumível herdeiro do trono imperial. Morreu assassinado, junto com a sua esposa Sofia, Duquesa de Hohenberg, em Sarajevo, na Bósnia, em 28 de Junho de 1914. Era sobrinho de Francisco José, imperador do Império Áustro-Húngaro. Herdeiro do trono em 1896 após uma sucessão de mortes na família Habsburgo, seu assassinato, cometido pelo extremista Gavrilo Princip, membro de elite do grupo terrorista "Mão Negra", foi o estopim do inicio da Primeira Guerra Mundial.
Como membro da família imperial do Sacro Império Romano Germânico (962-1806) e do então Império Áustro-Húngaro (1867-1918), pertencia a Casa de Habsburgo e era sobrinho de segundo grau da imperatriz do Brasil e arquiduquesa da Áustria Maria Leopoldina de Habsburgo, esposa do então imperador Dom Pedro I de Bragança e mãe do último imperador brasileiro, Dom Pedro II.
Quando nasceu, não havia razão para acreditar que Francisco Fernando jamais herdaria o trono austro-húngaro. Ele recebeu a educação rígida normal de um arquiduque com ênfase em História e moral. De 1876 a 1885, seu tutor foi o historiador Onno Klopp. Em 1883, Francisco Fernando entrou para o exército com patente de terceiro tenente.
Na juventude, Francisco Fernando desenvolveu duas grande paixões: a caça e as viagens. Em 1883, ele visitou a Itália pela primeira vez para conhecer as propriedades que herdara de Francisco de Módena. Em 1885, ele foi ao Egito, Palestina, Síria e Turquia. Em 1889, visitou a Alemanha.
Em 1889, a vida de Francisco Fernando mudou dramaticamente. Seu primo, o Príncipe-Herdeiro Rodolfo, cometeu suicídio em seu campo de caça em Mayerling, fazendo do pai de Francisco Fernando, Carlos Luís, o primeiro na linha de sucessão do trono. Daí em diante, Francisco Fernando estava fadado a sucedê-lo.
Naquela época, o principal problema político da monarquia austro-húngara eram as tensões nacionalistas das minorias eslavas do império. Francisco Fernando era partidário de uma abertura. Transformar a monarquia dual vigente desde 1867 numa monarquia federal tripartida na qual os eslavos veriam reconhecida a sua autonomia. Em particular, mostrou-se sensível às queixas dos eslavos do sul (croatas, bósnios e eslovenos); mas ao fazê-lo contrariou os planos da Sérvia, que organizava a defesa desses povos ante o domínio austro-húngaro, com a ambição última de submetê-los ao seu controle.
Em 28 de Junho de 1914, quando o arquiduque se encontrava em Sarajevo (capital da então província austro-húngara da Bósnia) para comandar manobras militares, foi assassinado por Gavrilo Princip, estudante servo-bósnio. O assassino era militante da organização nacionalista sérvia Jovem Bósnia. O governo austríaco culpou a Sérvia pela morte. Mediante um ultimato exigiu ao governo sérvio a repressão das ações anti-austríacas lançadas do seu território, a autorização para que policiais austríacos participassem na investigação do atentado e a punição dos responsáveis. A resposta negativa sérvia, alegando que o ultimato violava a sua soberania, foi o rastilho para o estalar da Primeira Guerra Mundial (1914-18), opondo as alianças da Alemanha com a Áustria-Hungria, enquanto que em apoio da Sérvia se colocaram a Rússia, França e Grã-Bretanha, e, mais tarde, Portugal, Estados Unidos da América e Romênia, entre outros.

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